Dentro do universo sinfônico há o subtipo sinfonia de cordas. A forma é a mesma da sinfonia para grande orquestra, porém, apenas para instrumentos de cordas. E dentro deste grupo de criações há as obras mais ou menos dramáticas. Nesta linha, a Sinfonia No. 9 em dó menor, de Felix Mendelssohn, é possivelmente uma das mais importantes entre as mais dramáticas.
Esta sinfonia começa com a indicação Grave, caráter da introdução da sinfonia. O tema é composto por três notas iguais seguidas de uma apojatura, que, juntas, dão um sentido de lamento. Segue-se um allegro, seção mais brilhante, que é repetido. E depois uma fuga, que prova a reverência de Mendelssohn a Bach.
O segundo movimento tem na sua base a música de câmara. É iniciado apenas por violinos. À seção inicial segue-se outra fuga, que conversa bem com a introdução do primeiro movimento. Na seção final voltam as três notas e os violinos desacompanhados, estruturando o passo cadenciado.
O scherzo, em tempo composto, tem andamento rápido. Na segunda parte, o Trio, de andamento um pouco mais lento, é ressaltada a melodia folclórica La Suisse, que dá nome à sinfonia.
Como em um crescendo de movimentação e velocidade entre os movimentos desta obra, o autor escolhe o andamento allegro vivace para finalizar. Pouco antes do final há um ponto de inflexão em dinâmica mais suave e com o escandir das notas, mas apenas para preparar a volta do material alegre e rápido do início que é conectado com o presto final.