Samuel Barber é mais conhecido hoje por seu Adagio para Cordas, uma das peças de maior intensidade emocional de todo o repertório para cordas, tirado do movimento lento de seu Quarteto de Cordas.
Ele começou a compor com sete anos de idade e aos dez escreveu a sua primeira opereta. Aos 25 anos tornou-se membro da Academia Americana em Roma e recebeu vários prêmios. Chegou a utilizar boogie-woogie e blues em suas composições, porém a sua música muitas vezes buscava uma linguagem mais pura.
A sua Sinfonia No.1, que dura aproximadamente 20 minutos, foi escrita em apenas um movimento, embora seja dividida pelos andamentos allegro ma non troppo, allegro molto, andante tranquillo e con moto.
Trata-se de uma leitura sintética da forma tradicional de quatro movimentos, dito pelo próprio compositor. No começo há um enfoque nos metais, o que sugere um tom marcial ou de fanfarra, porém, logo a seguir, as cordas evocam uma temática dramática, que será a tônica principal da obra. É uma sinfonia sóbria e de muito vigor, que estimula uma forte comunicação entre as cordas e os metais. Mesmo em seções mais animadas, apesar de mais movida e rítmica, a obra mantém sempre um caráter sério e intenso.
Um respiro, por assim dizer, e de especial beleza, é o andante tranquilo, onde o oboé canta uma bela melodia sobre as cordas e a harpa, que fazem um sensível acompanhamento.