Ecoansiedade

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O novo termo foi cunhado pela Associação Americana de Psicologia dada a apreensão e ansiedade que ciclones, enchentes, ondas de calor e incêndios, além das mais diversas consequências da alteração do clima, têm causado nas pessoas.

De acordo com esta associação mais de dois terços dos estadunidenses sofrem de ecoansiedade em algum nível.

Trata-se do estado de inquietação e angústia desencadeado pela expectativa de graves consequências das mudanças climáticas e pela percepção de impotência diante dos danos irreversíveis ao meio ambiente.

Hoje em dia não precisa ser grande especialista para entender e sentir o quão grave é a situação e como as suas consequências são inefáveis.

Porém, se o problema é de proporções gigantescas, felizmente existe uma movimentação de nível global para conscientizar e agir para que a situação se reverta.

O que afeta fortemente os ecoansiosos é que há limites que não podem ser ultrapassados sob o risco de a volta ser extremamente difícil ou quase impossível.

A cientista do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais Luciana Gatti, em artigo para a Folha de São Paulo, explica como ficou abalada quando descobriu que em algumas regiões a floresta amazônica já emite mais dióxido de carbono do que consegue absorver.

Estudo publicado na revista científica The Lancet Planetary Health ouviu dez mil adolescentes de 16 a 25 anos em dez países e 59% se disseram muito ou extremamente preocupados, enquanto 84% estavam moderadamente preocupados.

Esses dados corroboram como a ecoansiedade é um assunto que veio para ficar e não vai sumir por passe de mágica. Mais de 50% destes jovens relataram sentimentos como tristeza, ansiedade, raiva, impotência, desamparo e culpa.

Todo tipo de ansiedade é uma antecipação. Eu antecipo algo de bom ou de ruim e fico ansioso a respeito.

E não tem remédio?

Sim. Claro que o ideal seria resolver na origem, ou seja, que o planeta ficasse imediatamente consciente e mudasse completamente os seus vetores para não termos mais tantos problemas e ameaças vindos das mudanças climáticas.

Porém, enquanto isso não acontece, podemos buscar algumas alternativas em nós mesmos. Afinal, nenhum problema existe realmente quando ele não existe dentro de nós. Pelo menos, não a percepção deste problema. E essa pode ser uma ótima notícia.

Ao conseguirmos diminuir a percepção de catástrofe futura nos colocamos no momento atual e real enfrentando o tamanho que ela tem hoje. E essa pode ser talvez a melhor postura a fim de apoiar e auxiliar todas as outras pessoas que estão sofrendo com as instabilidades no meio ambiente.

Algumas alternativas são a meditação, esportes em geral e especialmente aqueles que nos ligam com a natureza, a própria terapia, atividades artísticas, etc.

Se você convive com um ecoansioso, estimule essa pessoa a estar mais no momento presente. Viver o mundo em tempo real não significa fugir das ameaças e verdades que nos cercam, porém, antecipar os acontecimentos, gera uma ansiedade desnecessária que pode se transformar em doenças mentais e físicas.

Seja feliz e tenha tempo para as pessoas que você ama!

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